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Histórias de bagagem,
experiências de vida
“Somos o resultado dos livros que lemos, das
viagens que fazemos e das pessoas que amamos”
POR
WENILSON MORAIS
| IMAGENS
AIRTON ORTIZ
Desde então, já passa de 80 o número de países visita-
dos por Ortiz, e 15 são as obras que o jornalista publi-
cou contando suas aventuras pelo mundo. “Escrevi dez
livros na coleção “Viagens Radicais”, que narram grandes
travessias; dois romances, tendo a viagem como refer-
ência; e três livros de crônicas, cujo assunto é as grandes
cidades”, enumerou o autor.
Em uma de suas obras, o romance intitulado “Gringo”, o
autor narra as aventuras de um brasileiro em uma longa
viagem pela América do Sul. Um dos objetivos desse
livro, segundo o escritor, é mudar o sentido pejorativo
que a palavra gringo tem no Brasil.
D
esde o início dos tempos, o homem é, notadamente,
um ser que aprecia contar histórias. Assim, reunia-se
em torno da fogueira para compartilhar os saberes,
as descobertas, as aventuras, enfim, tudo o que via e
sentia a respeito de seu contato com o mundo. Nessas
nações antigas, o chamado contador de história sempre foi
reverenciado e reconhecido como aquele que usava suas
experiências para transmitir ensinamentos e sabedoria.
Essa aptidão natural ao homem vem ultrapassando as
épocas, adaptando-se e, ainda que diante de inúmeros
avanços tecnológicos, desde a escrita, até as possibilidades
da cultura midiática, continua dando ao contador de
histórias a missão de compartilhar sua vivência no mundo,
principalmente quando esta experiência diz respeito a
lugares que nunca havia estado antes.
Quem não gosta de viajar, conhecer novos lugares, os mais
diferentes possíveis, e retornar para casa cheio de histórias,
experiências e conhecimento, ansioso em dividi-las? Há
várias maneiras de registrar uma experiência fora do “habi-
tat” natural do indivíduo. Uns fotografam, outros eternizam
os momentos em vídeo; há os que reúnem o que gostam
para apenas contar as histórias e aventuras; e alguns que
escrevem, como é o caso do jornalista Airton Ortiz, gaúcho
da cidade de Rio Pardo, que no ano de 1999 resolveu unir
sua profissão ao hobby de escalar montanhas, para narrar
em um primeiro livro sua expedição ao cume do monte
Kilimanjaro, na África.
“Escrevi a história em forma de uma longa reportagem,
acrescentando minhas experiências pessoais. Enviei
para a Editora Record e eles me propuseram criar uma
coleção, que chamaríamos de Viagens Radicais. Eu
deveria fazer uma expedição por ano e escrever um livro
narrando a aventura”, explicou Ortiz.
ESPECIAL
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